Qual escolher: bateria de lítio ou chumbo numa quase scooter


  • MVS Escreveu:A opção de Lítio (LiFePO4) garantida por 5 anos está disponível sob consulta para todos os modelos das "quase-scooters" da Gingabike Jorge.

    Sim, acredito, mas não vem assim da fabrica, o que vai encarecer muito o produto sendo feito aqui, pois as fabricas das baterias estão quase todas por lá. Comprar artigos em separado e por diferentes compras e transportes, sempre encarece e diminui a sustentabilidade.
    Jorge Rocha
     
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  • Nem sempre Jorge.

    A Jonway e outros fornecedores bem conhecidos cobram as baterias prismáticas mais caro do que compradas na Europa no Ev-Power mais transporte para cá. A vantagem é já vir tudo pronto e casado com a caixa de baterias e conexões.
    MVS
     
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  • Eles cobram mais porque querem-no ganhar todo! O valor dos materiais não faz essa diferença toda. A mão de obra é pouco mais, os transportes serão mais baratos com lítio por serem mais leves.

    Eu por exemplo, ao efectuar um serviço de uma troca de pneus, por não estar vocacionado para o fazer a cada 15 minutos, não tenho as melhores condições e nem a prática necessária para ser rentável neste serviço. O "JR Lab" não é um laboratório de substituição de pneumáticos, logo mandar fazer um serviço destes lá não será o local mais económico de o fazer.

    Como quem fabrica estes veiculos eléctricos na China, faz compras em grandes quantidades de baterias de chumbo, e baterias de lítio, compra só para amostra, ou a´s tantas até só tem por encomenda, nunca irá colocar um preço simpático para a colocação das células de lítio.

    Mentalidades... mentalidades!

    Quando a situação se inverter, sairá mais caro comprar com baterias de Chumbo!
    Jorge Rocha
     
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  • Jorginho.
    1 - O transporte de 100 bicicletas com baterias de chumbo ou com baterias de lítio custa rigorosamente o mesmo. 100 bicicletas pesam cerca de 6.000 kg.
    O peso das mercadorias num contentor está limitado a 23.000 Kg. e até esse peso o custo é sempre igual, até pode vir vazio, pagará por contentor.
    2 - Podemos a qualquer momento optar por instalar baterias lítio nas quase-scooter. Haja mercado.
    3 - Todos os dias temos de justificar os nossos preços com os nossos clientes. Porque as nossas bicicletas têm mais qualidade geral, melhores controladores, melhores baterias, etc. são por isso "ligeiramente" mais caras do que as dos nossos concorrentes e isso é um problema diário.
    No início deste ano a relação cambial EUR/USD era de 1.35, hoje é de 1.22 - Ou seja: antes com 100 EUR comprávamos 135 USD, hoje compramos 122. (10%).
    Estes 10% influenciam todas as variáveis na importação: IVA, TAXAS ADUANEIRAS, FORMALIDADES DE DESPACHO, TRANSPORTES, etc.
    Para que o importador Gingabike e os seus distribuidores mantivessem a mesma margem comercial de Março 2014, deveríamos subir os preços base em 10% + 10% s obre o diferencial em IVA, margens comerciais, etc.
    Ou seja: Uma TWA que em Março passado tinha PVP de 820,00 eur, hoje deveria ter 860.00. Seria desastroso para as nossas vendas.

    Sabe que gerir vendas a uma certa dimensão, requer análise a muitas variáveis pois nem sempre o que parece é.
    Vou dar um exemplo real: Há dois anos, comercializava-mos um modelo de bicicleta eléctrica numa cadeia de hipermercados. Como as vendas corriam muito bem, o gestor achou que deveria subir o preço de venda a público 50,00 eur, de 599,90 para 649,90. Pediu a minha opinião e eu respondi que seria muito arriscado pois as vendas iriam cair para níveis em que a rentabilidade comercial iria tornar-se mais negativa do que positiva. Isto é: ao final de um mês, iriam gerar menos receita e não mais receita mesmo vendendo mais caro. Compreenderam os meus argumentos e então optaram por aumentar apenas 25 eur. - 624,90 Resultado: UM VERDADEIRO DESASTRE.

    Voltaram atrás, 599,90 e tudo normalizou. O que aconteceu não foi apenas aumentar 25 eur. Foi a passagem da barreira psicológica de 500 e tal para 600 e tal.

    Tudo isto para lhe dizer que os consumidores tendem a registar ou a atribuir níveis de valor para os produtos, por isso dizemos que o produto A é caro e o B é barato.
    As bicicletas eléctricas têm um registo de preço entre os 600 e tal e os 800 e tal. Tudo o que passar os 900 será desastroso, se passar os 1000 será calamitoso.
    Como sabe uma bicicleta com 60V e 20Ah em lítio e com BMS passará largamente os 1200, mesmo montada de raíz.
    afreitas
     
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  • afreitas Escreveu:Como sabe uma bicicleta com 60V e 20Ah em lítio e com BMS passará largamente os 1200, mesmo montada de raíz.

    Pois eu devo ser um dos que melhor sabe, de nós por cá, o quanto custa uma "quase scooter" equipada com baterias de LiFePO4 de 15Ah (que chega perfeitamente para mais de 50km).

    Posso ainda não ter colocado nenhum bms nestas "scooter's", por conhecer muito bem todo o funcionamento do sistema eléctrico (tensões admitidas, patamares de segurança, carregadores bem calibrados, controladores com corte de tensão com margem de segurança, entre outros...) e por não ter um sistema barato e de fácil visualização em tempo real de todas as células, para este numero de células em série, que as protegesse em caso de alguma anomalia ou por má formação do conjunto (controlador ou carregador mal regulado, baterias desbalanceadas, etc.).

    Comprando uma "quase scooter" com as 5 baterias de chumbo 20Ah e vende-las, quando nunca foram utilizadas, pode se comprar umas LiFePO4 de 15Ah. A autonomia será maior nas de LiFePO4, mesmo sendo de inferior capacidade (no conjunto, ficam 25Kg mais leves), e em longevidade, será umas 10 vezes superior.

    Eu sou mais capaz de incentivar a compra de um produto, com apenas mais 30% do preço se este for para durar 1000% mais. Penso que é fácil para qualquer um!

    Também se obtém uma maior relação de economia na energia gasta por cada km. As baterias de LiFePO4 tornam o veiculo uns 30% mais eficiente face a com Chumbo.
    Jorge Rocha
     
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  • Oh Jorge! Com todo o respeito que sabes que tenho por ti não posso deixar isto em branco sem me explicar convenientemente.

    Este tópico está aberto na secção comercial da Gingabike e discute-se a apresentação de um novo produto comercial que é da responsabilidade da Gingabike.

    Existe um grande diferença entre um produto comercial e projectos hobistas pessoais.

    Um produto comercial não tem nada de negativo ou prejurativo. Significa que é uma produto formatado de determinada forma, para servir um publico alvo, com determinadas garantias vendido a determinado preço. Significa ainda que o produto terá suporte ao nível de serviços e peças de substituição ao longo de vários anos. Significa também que existe toda uma estrutura montada que possibilita tudo isto e consome recursos. Tudo isto é um negócio ao qual é exigida rentabilidade para perdurar saudávelmente no tempo. Todos nós no geral damos preferência as produtos comerciais.

    Projectos hobistas pessoais são exactamente aquilo que cada um quiser.

    Os preços de custo das baterias nos fornecedores são exactamente isso - preços de custo. Quem abre o carregador e o altera para as novas tensões e modo de carga (SLA 2 patamares / LiFePO4)? Quanto custa? Que abre o controlador de motor trapesoidal e muda as resistências para alterar a tensão de cut-off? Quanto custa? Quem balanceia manualmente as baterias? Quanto custa? Quem monta correctamente todo o material? Quanto custa? Quem faz os testes necessários (estrada / carregamento / Cut-offs)? Quanto custa? Quem desmonta a scooter nova e volta montar com as devidas modificações para permanecer um produto novo "Zero Kms"? Quanto custa? Quem pensas que te vai comprar o pack original de chumbo por 250 Eur?

    Pelos preços que deste não existe qualquer reserva para garantias ás baterias. Sendo uma solução para longo prazo o publico em geral acha isso importante. Eu também. Tu pelos vistos não.

    Os projectos comerciais não assentam num sem número de se, se, se, se... e se agora tem uma empresa nesta área Jorge é bom que faças uma reflexão pessoal sobre tudo isto.

    Os preços a que compras os teus materiais e os serviços que prestas gratuitamente nada têm que ver com os produtos comerciais da Gingabike.

    Não te esqueças que a Gingabike tem cerca de 10,000 veículos eléctricos vendidos e com este números não é possível andar a fazer artesanato.

    Sem empresas no mercado não existe mobilidade eléctrica sustentada.
    MVS
     
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  • Parece que não me conhecem, para terem percebido isso de mim...

    Nunca me passou pela cabeça estar a prejudicar ninguém, ou nenhum negocio!

    A minha luta é apenas uma: "Transmitir que é possível fabricar de raiz um melhor produto".
    (neste caso seria para poder percorrer 1000% mais km, por apenas um aumento de 30% no preço final)

    Dei as dicas todas, que eu as faço como artesão, mas que poderiam ser aproveitadas por fábricas e empresas de montagem de viaturas eléctricas, onde tudo passaria a ser feito em série e por maquinaria, para vir com os parâmetros ideais para não haver necessidade de "trabalhos de artesanato" extras.

    É como tudo na vida! Podemos ver os aspectos positivos e ganhar com essa aprendizagem, ou ver os aspectos negativos, ficar entristecido e perder a atitude. Cada um é livre de ver conforme quer!

    P.S. - Se o Sr. Artur Freitas ou os moderadores, quiserem apagar as minhas mensagens, por acharem que prejudicam alguém, estejam à vontade. Compreenderei! ;)
    Jorge Rocha
     
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  • Jorge,

    A pessoa que sai mais prejudicada em tudo isto és precisamente tu quando afirmas que o único custo com uma conversão para Lítio são os preços de custo desactualizados e sem IVA das baterias. Vais ter os "clientes" felizes á porta com um print do teu post na mão.

    Quando afirmas que estás aqui como particular e acolá como outra coisa qualquer, eu pessoalmente aposto em ser sempre o mesmo. Assim todos sabem sempre com o que podem contar de mim.

    O articular de soluções de litio ou SLA sem qualquer sistema de gestão ou garantias dignas desse nome foi o que trouxe a imagem das scooters eléctricas ao estado actual. Mais do mesmo é fazer parte do problema e não da solução.

    Os 1000% mais Kms que referes numa quase scooter preparada da forma proposta por ti são uma falácia. Tens exemplos? Eu também tenho do contrário.

    Os packs de lítio das bicicletas vêm baratos e preparados de fábrica por "maquinaria". Também fazes 1000% mais kms com esses?
    MVS
     
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  • Jorge Rocha Escreveu:Parece que não me conhecem, para terem percebido isso de mim...

    Nunca me passou pela cabeça estar a prejudicar ninguém, ou nenhum negocio!

    A minha luta é apenas uma: "Transmitir que é possível fabricar de raiz um melhor produto".
    (neste caso seria para poder percorrer 1000% mais km, por apenas um aumento de 30% no preço final)

    Dei as dicas todas, que eu as faço como artesão, mas que poderiam ser aproveitadas por fábricas e empresas de montagem de viaturas eléctricas, onde tudo passaria a ser feito em série e por maquinaria, para vir com os parâmetros ideais para não haver necessidade de "trabalhos de artesanato" extras.

    É como tudo na vida! Podemos ver os aspectos positivos e ganhar com essa aprendizagem, ou ver os aspectos negativos, ficar entristecido e perder a atitude. Cada um é livre de ver conforme quer!

    P.S. - Se o Sr. Artur Freitas ou os moderadores, quiserem apagar as minhas mensagens, por acharem que prejudicam alguém, estejam à vontade. Compreenderei! ;)



    Pelos seus comentários acho que não entende como funciona o mercado, e pensa que o mundo roda à volta da sua cabeça, desculpe mas não é assim, olhe mais além e veja que existem pessoas que investiram muito para chegar onde chegaram, coisa que você provavelmente não fez, começando em formação, estudos de mercado, etc,etc.

    Eu percebo que os veículos elétricos têm um custo mais alto que todos porque não estão suficientemente implantados no mercado como deveriam estar, e a continuar como está dificilmente chegarão a algum lado, esta é a minha visão. Por um lado temos pessoas que entendem do mercado e da tecnologia, mas por outro trabalham com veículos cheios de defeitos na sua origem, isto somado vai sair caro a alguém.

    Talvez deve-se avançar para algo de raiz, já que tanto fala disso, assim teria uma ideia diferente de como funcionam as coisas, eu estou no ramo da electricidade, e sei bem o que é comprar transformar e vender, e já agora pense que existem outras pessoas que vivem do mesmo mercado, e se faz as coisas à borla como diz, não sei porque criou uma empresa, o estado não vai acreditar que tem uma empresa para fazer borlas.
    mmcoiso
     
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  • MVS Escreveu:...
    Os 1000% mais Kms que referes numa quase scooter preparada da forma proposta por ti são uma falácia. Tens exemplos?

    Tenho bem mais de uma dezena de exemplos nestas circunstancias. Muitos membros o sabem, tu mesmo o sabes, não compreendo tuas palavras???
    Ainda neste ultimo encontro de VE's, fui numa viatura que já há 3 anos que foi preparada por mim, e agora, depois de mais de 50.000Km rodados, e de ter servido de viatura de empréstimo neste ultimo ano (aos que deixaram sua viatura para eu preparar), continua a manter a fiabilidade que sempre teve, depois dos meus melhoramentos. Fui e vim, quase 100Km, sem carregamentos pelo meio, com capacidades equilibradas entre células e com balanceamento feito há mais de um ano. As tensões de final de carregamento nunca ultrapassaram dos 3,55V em todas as células.

    A primeira "quase scooter" que eu converti a LiFePO4, tinha realizado nos primeiro 6 meses de vida, 5.000Km com as baterias de chumbo originais (até já não dar para o uso que lhe era devido). Convertida para lítio, já estará bem perto dos 50.000Km e continua com a mesma autonomia de há 3 anos, os 60Km.

    O Markito, até ao final deste ano, chegará aos 60.000Km. Ele anda em média 1.000Km/semana.

    Poderia continuar por aqui fora, mas penso que nada disto enriquece o topico. Apenas tentei justificar uma das muitas afirmações completamente distorcidas. Como o meu objectivo não é por para baixo, mas sim para cima, fico-me por aqui...
    Jorge Rocha
     
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