Podemos substituir um disjuntor por um fusível?
Enviado: 19 mai 2014, 15:29
Podemos substituir um disjuntor por um fusível cilíndrio 22x58mm numa scooter eléctrica para poupar uns cobres?
Sim, podemos. Mas ter em atenção o seguinte:
Disjuntor:
O disjuntor protege contra curto-circuitos e sobrecargas, é fácil de verificar se disparou e rearmar particularmente á noite e sem luz.
Quando diagnosticamos uma avaria e acontecem acidentalmente vários disparos não existem custos associados ao rearme.
Tem de ser boa qualidade e estar bem dimensionado ou a fiabilidade será reduzida.
O corte em caso de curto-circuito é mais lento do que o de um fusível rápido.
Um disjuntor para o mercado residencial ou industrial AC não tem geralmente especificações para trabalhar em DC ás mesmas tensões.
O corte de uma corrente DC é muito mais problemática do que em AC 50Hz em que a corrente se anula 100 vezes por segundo favorecendo a extinção do arco eléctrico.
Costumo utilizar como seccionador e protecção redundante disjuntores Siemens Curva C, largura 1.5, tarados para o corte de curto-circuitos em DC de 10KA segundo a norma EN 60898-2 e 15KA segundo a norma IEC 60947-2.
Estes elementos de protecção são a última linha de defesa contra um eventual incendio no veículo.
O Fusível:
O corte de um fusível e considerado mais fiável do que o de um disjuntor (funcionamento mais complexo).
Para escolher um fusível para um pack de baterias de um veículo eléctrico temos de estar familiarizados com as curvas característica I/t do fusível.
Estas curvas são designadas por um par de letras:
A primeira letra define a classe da função:
g - Full Range (curto-circuitos e sobrecargas)
a - Backup (só curto-circuitos um outro dispositivo terá de assegurar a protecção contra sobrecargas)
A segunda letra define a classe de operação:
G - Genéricos para cablagem
S - Segurança de semicondutores em dispositivos de corte de segurança (Rápidos)
R - Protecção de semicondutores (Rápidos)
M - Protecção de motores
PV - Fotovoltaícos
Exemplos:
gG - Fusível "Full-Range" genérico para protecção de linha
gR - Fusível "Full-Range" rápido para protecção de semicondutores
aM - Fusível backup para protecção de motores
Um fusível industrial de curva gG protege contra curto-circuitos e sobrecargas mas é de corte mais lento.
Um fusível rápido de curva aR protege contra curto-circuitos e é de corte rápido mas é inútil nas sobrecargas podendo inclusivamente danificar-se nesta situação.
Um fusível de curva gR é mais lento do que os de curva aR mas não se arranja habitualmente no formato cilíndrico 22x58mm.
Um fusível rápido aquece mais (tem mais perdas) durante a utilização normal do circuito. Não há bela sem senão...
Para substituir um bom disjuntor numa scooter eléctrica na practica deviamos usar dois fusíveis cilíndricos unipolares 22x58mm em série. Sendo um de curva aR para os curto-circuitos e o outro de curva gG para proteger o de curva aR da eventual condição de sobrecarga.
Esta combinação oferece uma maior fiabilidade e grau de protecção (rapidez de actuação). Não é tão practico particularmente á noite, temos de andar sempre com sobressalentes de dois tipos e se incluirmos os custos de substituição de umas cartridges pelo meio também não deve ficar mais barato.
Alternativamente poderiamos usar apenas um fusível de curva gG mas acho arriscado pelo tipo de cablagem de potência usado nas scooters e porque os consumidores são efectivamente semicondutores.
Sim, podemos. Mas ter em atenção o seguinte:
Disjuntor:
O disjuntor protege contra curto-circuitos e sobrecargas, é fácil de verificar se disparou e rearmar particularmente á noite e sem luz.
Quando diagnosticamos uma avaria e acontecem acidentalmente vários disparos não existem custos associados ao rearme.
Tem de ser boa qualidade e estar bem dimensionado ou a fiabilidade será reduzida.
O corte em caso de curto-circuito é mais lento do que o de um fusível rápido.
Um disjuntor para o mercado residencial ou industrial AC não tem geralmente especificações para trabalhar em DC ás mesmas tensões.
O corte de uma corrente DC é muito mais problemática do que em AC 50Hz em que a corrente se anula 100 vezes por segundo favorecendo a extinção do arco eléctrico.
Costumo utilizar como seccionador e protecção redundante disjuntores Siemens Curva C, largura 1.5, tarados para o corte de curto-circuitos em DC de 10KA segundo a norma EN 60898-2 e 15KA segundo a norma IEC 60947-2.
Estes elementos de protecção são a última linha de defesa contra um eventual incendio no veículo.
O Fusível:
O corte de um fusível e considerado mais fiável do que o de um disjuntor (funcionamento mais complexo).
Para escolher um fusível para um pack de baterias de um veículo eléctrico temos de estar familiarizados com as curvas característica I/t do fusível.
Estas curvas são designadas por um par de letras:
A primeira letra define a classe da função:
g - Full Range (curto-circuitos e sobrecargas)
a - Backup (só curto-circuitos um outro dispositivo terá de assegurar a protecção contra sobrecargas)
A segunda letra define a classe de operação:
G - Genéricos para cablagem
S - Segurança de semicondutores em dispositivos de corte de segurança (Rápidos)
R - Protecção de semicondutores (Rápidos)
M - Protecção de motores
PV - Fotovoltaícos
Exemplos:
gG - Fusível "Full-Range" genérico para protecção de linha
gR - Fusível "Full-Range" rápido para protecção de semicondutores
aM - Fusível backup para protecção de motores
Um fusível industrial de curva gG protege contra curto-circuitos e sobrecargas mas é de corte mais lento.
Um fusível rápido de curva aR protege contra curto-circuitos e é de corte rápido mas é inútil nas sobrecargas podendo inclusivamente danificar-se nesta situação.
Um fusível de curva gR é mais lento do que os de curva aR mas não se arranja habitualmente no formato cilíndrico 22x58mm.
Um fusível rápido aquece mais (tem mais perdas) durante a utilização normal do circuito. Não há bela sem senão...
Para substituir um bom disjuntor numa scooter eléctrica na practica deviamos usar dois fusíveis cilíndricos unipolares 22x58mm em série. Sendo um de curva aR para os curto-circuitos e o outro de curva gG para proteger o de curva aR da eventual condição de sobrecarga.
Esta combinação oferece uma maior fiabilidade e grau de protecção (rapidez de actuação). Não é tão practico particularmente á noite, temos de andar sempre com sobressalentes de dois tipos e se incluirmos os custos de substituição de umas cartridges pelo meio também não deve ficar mais barato.
Alternativamente poderiamos usar apenas um fusível de curva gG mas acho arriscado pelo tipo de cablagem de potência usado nas scooters e porque os consumidores são efectivamente semicondutores.