Neste momento já é possível comprar uma mota eléctrica para fazer Porto-Lisboa a 100 Km/h na autoestrada sem paragens no maior conforto. Pensei cá para mim... aqui está uma boa mota para o Markito.


O MotoTracer-E é um produto da empresa Suiça Peraves AG que é a única no mundo a dedicar os últimos 30 anos ao desenvolvimento de motociclos de cabine fechada segura. A empresa construiu cerca de 140 veículos para clientes finais que no seu conjunto percorreram mais de 9600 milhões de quilómetros em 25 anos.


Características:

Velocidade máxima: 241 Km/h. A potência consumida á velocidade máxima é inferior a 60 kW (40%).
Aceleração: 0-100 Km/h em menos de 5 s a 370 V
Potência a consumida a 120 Km/h: 8 kW
Autonomia: 290 Km a 120 Km/h (20 kWh de capacidade útil do pack de baterias)
Tempo de carga p/ 16 kWh: 220 V 16 A (3.3 kW) = 5 horas; 250 V 80 A (20 kW) = 50 minutos
Chassis: Monocoque de composito de aramida Kevlar® by DuPont
Dimensões: Comprimento = 3.69 m; Largura = 1.19 m (c/ patins retrácteis baixados 1.34 m); Altura = 1.49 m
Peso: 549 Kg
Motorização eléctrica: Motor de indução AC Propulsion Gen3 150 kW (200 hp)
Alimentação 12 V DC: Conversor DC/DC 1.2 KW
Pack de baterias de tracção: Polímero de lítio 411.6 V 20 KWh

Setp da roda frontal: Forquilha invertida Marzocchi de 50mm de diâmetro, amortecedor de direcção Öhlins e duplo disco de 320 mm de diâmetro equipados com pinças Brembo de 4 pistões

Setup da roda traseira: Sistema de travagem ABS combinado com travagem eléctrica regenerativa até 60kW. Travões hidráulicos e amortecedores Öhlins completamente ajustáveis.

O MonoTracer-E está também equipado com interiores em pele, compartimento de bagagem com uma capacidade de 130 litros, Radio Oxygen iPhone, sistema de ventilação e aquecimento do habitáculo.

Opções disponíveis: Faróis Bi-Xenon, ar condicionado, cores especiais e vários tipos de pele bem como personalização a pedido do cliente.

Os preços começam em 85.000 Eur para a versão base.

O complexo e resistente chassis de Kevlar é laminado à mão para ser leve mesmo assim este monstro de quase 4 m de comprimento, 20 KWh de baterias e 200 hp pesa apenas 549 Kg. Para o handling e segurança serem os adequados a forquilha frontal de 3300 Eur, o amortecedor traseiro de 1230 Eur e o amortecedor de direcção de 420 Eur dão uma pequena ideia dos compromissos firmados neste projecto. A indústria Suiça no seu melhor.

Brochura em PDF

Esta moto tem 3 maldades.

1 - É mau o seu preço.
2 - É mau se o condutor se esquece de activar o trem de aterragem antes de parar.
3 - É mau se o condutor se esquece que tem o trem de aterragem activado quando curva.

Mas tem e bondades.

1 - É muito bonita.
2 - O condutor e passageiro não necessitam de usar capacete.
3 - Não cai chuva sobre condutor e passageiro.

Cá por mim, aproveitando o trem de aterragem, colocava-lhe umas asas telescópicas e nas autoestradas fazia ultrapassagens aéreas.

Agora fora de brincadeiras: Excelente projecto, mas que por muitas razões não deverá passar muito disso mesmo... ...projecto.

É realmente mais um produto elitista Artur.

Cada unidade é feita de encomenda para o cliente com muita mão de obra especializada paga a custos de ordenados Suiços. O trabalho no chassis é um trabalho idêntico ao que é feito para os monolugares desportivos no ramo do automobilismo.

Por 85000 eur compra-se um tesla S e percorre-se a Europa gratuitamente com os super charger.

Realmente jasmim. Este projecto faz o Model S parecer uma pechincha.

Acho impressionante este tipo de projetos, que quando se traduzem num produto final, com venda ao público, é de louvar.
Apesar de não serem acessíveis para a maioria das pessoas (digo eu!), permitem abrir os horizontes e portas para outras ideias inovadoras.

Vou propor à Administração do "scooters-eletricas.com" para realizar artigo sobre este veículo, aproveitando o conteúdo do MVS, com a sua licença.

Estes veículos são futuristas, até mesmo com as motorizações a combustão interna.

O seu conceito, na minha opinião, é muito bem conseguido para a promoção da mobilidade urbana a tempo inteiro, onde ainda não haja infraestruturas, tais como comboios eléctricos, eléctricos de carris e outros.

Aveiro é uma destas cidades, ainda pacatas, e sem estas infraestruturas. Tem a maior parte da população a viver em nos seus arredores e quando pensam ir à capital de distrito ou a outras cidades vizinhas, têm a vida dificultada, tanto com poucos transportes públicos (ainda muito poluentes), como com o preço elevado que os mesmos custam.

Como a minha mota eléctrica não tem esta cobertura, tenho de me encher de roupa e de protecções, para poder andar com algum conforto durante todo o ano.

Qualquer dia copio por estas Monotracer-e e passo a andar todo contente!