Mobilidade Elétrica

Não sei se é assim tão fácil.
Se calhar tem de ser um carregador especial

Porque carregador especial?? o carregador so tem de debitar, digamos, 30A... depois o BMS é que "estrangula" para a amperagem que queremos.
Da mesma forma que o controlador debita a amperagem de dizemos no acelerador, o BMS podia fazer o mesmo... sendo que para este efeito o "controlador" é muito muito mais simples... nao te 3 fases, nao tem de ser super rapido a dar resposta... nem tem de fazer todas as senas do controlador.

Sim. É possível e de várias formas distintas.

1. Usando um carregador especial como diz o Mariano:

Podemos usar a saída que habitualmente comanda a placa BattMeter para controlar o ponteiro do indicador de capacidade da bateria na instrumentação para uma função diferente.

Existem carregadores como por exemplo os Elcon que usam uma entrada para receber um sinal digital de PWM ou analógico 0-5V para definir uma percentagem da corrente máxima de carregamento. Na interface LCD seria possível definir a corrente de carga a usar.

2. Usando um carregador convencional:

Podemos fazer um PWM de baixa frequência (Ex: 1Hz) ao controlo dos MOSFETs de carga para definir uma percentagem com uma resolução de 5% da corrente máxima de carga. Os drivers optoisolados que comandam os MOSFETs não estão ligados a um output do PIC com PWM por hardware configurável. Mas contudo podemos emular com código. Ex: Se o carregador for de 30A e o iBMS o estiver a ligar e a desligar em DC a cada 0,5s na realidade o pack estará a carregar em média a 15A. Esta frequência de comutação em DC não deve criar problemas á instalação eléctrica em AC quando se partilham tomadas nos encontros. Se a ideia for poupar as células quando se carregam com temperaturas baixas as mesmas vão reagir também ao valor médio da carga.

O carregador convém ser "dumb" CC/CV para reagir instantâneamente ao abre e fecha dos MOSFETs.

Esta é a vantagem da flexibilidade do firmware do iBMS actualizável.

Não sei se era isto que tinhas em mente Fidel.

Não era bem isso, se bem que a primeira opção é mais ou menos. Basicamente o que eu tinha em mente era o iBMS "estrangulava" para a corrente definida pelo utilizador. Ou seja, se eu definisse que queria carregar a 10A (apesar do carregador ser de 30) o iBMS so deixava passar 10A.

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Na realidade é isso que se passa Fidel. Se essa regulação fosse contínua a dissipação de calor na placa seria brutal. Os carregadores que usas são fontes comutadas que funcionam através de um princípio idêntico simplesmente a comutação é mais rápida, Mas para o efeito pretendido que penso que se encaixa nos dois exemplos que dei o resultado final é o que pretendes. Se usares um carregador de um carregador de 30A e regulares no iBMS a carga para apenas 33% o carregador vai carregar a apenas 10A em DC e vai absorver apenas cerca de 33% da potência em AC.

Então o ideal e reduzir a potência no próprio carregador.

Ou seja terá de ser um carregador " especial" com a potência de saída ajustável.

O efeito practico é básicamente o mesmo Mariano de todos os pontos de vista (finalidade, rendimento, segurança, etc.). O carregador especial fica mais caro e a solução pretendida tem de ser bem especificada ao fabricante, os Elcon por exemplo têm qualidade. A quem possa comprar recomendo. O carregador convencional quando é cortado em DC tem apenas um consumo residual.

Um simples micro-ondas trabalha da mesma forma. Quando se regula a potência de aquecimento para 50% ele está constantemente a alternar em x segundos ligado e os mesmos desligado. O magnetron trabalha sempre á potência máxima.

O traçado num osciloscópio da corrente injectada por qualquer um dos carregadores de fonte comutada que todos usamos num pack de baterias é uma colecção de picos elevados de corrente com o aspecto de um pente com os dentes virados para cima. O valor médio da corrente de tudo aquilo é o valor que aparece indicado nos aparelhos de medida.

Hum. Já percebi.

E fazendo esses "cortes" não provoca aquecimento ?

No carregador não. Nos MOSFETs de carga do iBMS existem as perdas sob o efeito de calor para efectuar esta regulação de corrente que no entanto serão desprezáveis devido ao facto da frequência de comutação ser muito baixa.

E para as baterias, provoca algum dano?


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