AMBIENTE NAS CIDADES

04 fev 2015, 00:25

  • A cidade do Porto, pioneira na permissão de utilização de corredores BUS por parte de motociclistas, está de parabéns.
    Eu tenho utilizado os corredores que têm sinalização vertical ou horizontal e com dúvidas vou usando outros sem sinalização.
    Tenho vindo a perguntar a alguns agentes da PSP do Porto se poderia usar os corredores sem sinalização e a informação tem-se pautado por desconhecimento.
    Os agentes vão dizendo não estar em condições de dar respostas seguras, mas manda o bom senso não autuar visto que afinal as duas rodas nunca provocam alterações nas referidas vias ao ponto de prejudicar a fluência dos transportes públicos.

    Perante as dúvidas, na semana passada enviei um e-mail à C.M.Porto a solicitar informação devida e tive esta resposta:

    Exmo. Sr. Artur José Pereira de Freitas, boa tarde.

    Na sequência do seu contacto de 02/02/2015, registado com o n.º 11837/15/CMP, que agradecemos e que mereceu a nossa melhor atenção, temos a informar V. Exa. que só poderá utilizar as vias reservadas BUS, que estiverem dotadas de sinalização vertical e horizontal em conformidade.

    Mais se informa que a implementação desta medida, somente em parte dos corredores BUS deste município, foi feita em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), tendo sido desenvolvido um projeto-piloto que permitirá avaliar todos os impactos, positivos e negativos, que esta medida terá no sistema de transportes, desde o seu início a 01/05/2014 e estendendo-se por um período de 18 meses. No final, será efetuada a avaliação global do projeto e, caso os resultados sejam positivos, a permissão de utilização dos corredores BUS, poderá ser alargada a toda a cidade.

    Desde já agradecemos a atenção demonstrada e manifestamos todo o interesse em atender às solicitações que nos envie.

    Com os melhores cumprimentos,

    César Rocha
    Fiscal Municipal
    Divisão Municipal de Trânsito
    Direção Municipal de Gestão da Via Pública


    AGRADECI COM ESTE TEXTO:
    Exmos. Senhores
    Muito obrigados pela informação e pela excelente ideia de efectuarem a experiência no uso os corredores BUS para veículos de duas rodas.
    Estou seguro que os impactos serão positivos, pois tudo o que constitua retirar carros que poluem e ocupam espaços na cidade são sempre excelentes medidas.

    Diria mais: Permitir o uso de corredores BUS por parte dos automóveis eléctricos, seria uma excelente forma de incentivar a aquisição de veículos que não emitem poluição sonora e atmosférica, para além de consumirem uma energia limpa e inteiramente portuguesa, sem necessidade de importação de combustível com a consequente saída de MUITAS divisas.

    Melhores Cumprimentos
    Artur Freitas


    Em suma: Sou dos poucos que não podem circular nas faixas BUS evocando desconhecimento.
    Conclusão: Nem sempre é vantajoso dar o primeiro passo.
    Já ouvia dizer na tropa: Evita sempre ser voluntário, seres o primeiro e nunca o último.
    afreitas
     
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04 fev 2015, 12:22

  • Não estou a perceber muito bem. As faixas BUS não estão sempre sinalizadas, nem que seja o BUS escrito no chão?
    rnlcarlov
     
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04 fev 2015, 15:03

  • rnlcarlov Escreveu:Não estou a perceber muito bem. As faixas BUS não estão sempre sinalizadas, nem que seja o BUS escrito no chão?


    Sim. Estão sinalizadas com o termo BUS.
    Mas na cidade do Porto, o projecto piloto de permitir a utilização nos corredores BUS por porte dos veículos de duas rodas é apenas nos corredores sinalizados verticalmente ou horizontalmente com um símbolo de um mota.

    Houve uma notícia que na cidade do Porto as motas podiam circular nos corredores BUS. Inicialmente ficou-se com a ideia que a regra se aplicava a todos os corredores e viam-se motas nos corredores mesmo que não estivessem sinalizados com o símbolo da mota. Penso que nunca ninguém foi autuado por circular nos corredores sem informação, mas se os agentes conhecerem a lei podem aplicá-la.

    O projeto-piloto deverá ter uma duração mínima de 18 meses, dividido em duas fases: a primeira, com a duração de seis meses, e a segunda de 12. No final dos primeiros seis meses deverá ser feita uma primeira avaliação global dos impactos desta medida. Nessa altura, a zona piloto poderá ser alargada para cerca de 50% da extensão total de corredores BUS existentes na cidade. No final da segunda fase será efetuada a avaliação global do projeto. Caso os resultados sejam positivos, a permissão poderá ser alargada na generalidade a toda a cidade.

    Assim, e nesta fase do projeto, será permitida a circulação de motociclos e ciclomotores nos seguintes corredores BUS:
    - Avenida Fernão Magalhães;
    - Rua do Bonfim;
    - Campo 24 de Agosto;
    - Rua Fernandes Tomás,
    - Rua Sá da Bandeira;
    - Rua Formosa;
    - Rua de Camões;
    - Praça da Liberdade;
    - Avenida dos Aliados;
    - Praça General Humberto Delgado;
    - Rua António Luís Gomes;
    - Rua da Trindade;
    - Rua do Clube dos Fenianos;
    - Rua dos Heróis e dos Mártires de Angola.
    sejam positivos, a permissão poderá ser alargada na generalidade a toda a cidade.
    afreitas
     
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04 fev 2015, 15:42

  • Só mais uma questão e muito importante:

    Quem circular com uma mota nos corredores BUS que não estejam sinalizados a autorizar as motas, até poderá não ser autuado por desconhecimento ou por atitude de bom senso por parte do agente.

    No entanto, em caso de acidente a responsabilidade por ser totalmente atribuída ao condutor da mota mesmo sem culpas, pois afinal circula em zona proibida.
    É melhor não arriscar.
    afreitas
     
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06 fev 2015, 12:03

  • :oops:
    ..."a conversa é como as cerejas"...
    Este "projecto" (em aplicação no Porto) teve na altura da minha parte, a imediata divulgação e "agradecimento" no outro fórum. Não o fiz directamente à autarquia mas devia! Parabéns ao afreitas. :)
    Lembro que o assunto tinha sido levantado por mim no outro fórum, (soube que outras iniciativas haviam existido), (uns 4 anos antes). E pensava eu que os (utilizadores das 2 rodas) se podiam juntar para explicar às autoridades nacionais, a vantagem de descriminar positivamente as 2 rodas, com melhorias efectivas na circulação de todos os outros,... na economia, no stress, tempo ganho, etc. Continuo a achar que só reduzindo o nº de 4 rodas a circular, se resolvem algumas das dificuldades do transito das cidades. É portanto urgente dar "segurança e estimulo" aos cidadãos para que estejam dispostos a trocar a comodidade que o 4 rodas tem, vela versatilidade, rapidez e economia que os 2 rodas permitem. Daí que o projecto se for acompanhado e respeitado, só pode evoluir para outras ruas aqui no Porto.
    Mas este entendimento que agora é mais ou menos consensual, à 4 anos não existia.
    O tópico que eu abri lá, gerou tanta confusão que esteve bloqueado por se pensar que a ideia era falar, ou poder promover os de CI. Vejam a confusão. E nem por uma boa causa os utilizadores das 2 rodas se mobilizam(mobilizavam?)
    Hoje muito mudou e já Lisboa está a preparar a mesma decisão que o Porto tem em prática.
    A questão da extensão dos VE ao corredor BUS, deve continuar a ser falada, para que duma forma "positiva" se descrimine negatiovamente quem polui mais, e gosta disso (e tem dinheiro para deitar fora), em beneficio doutros que sendo "pioneiros", tem que investir mais nessas tecnologias, de que todos beneficiamos, (pelo equilíbrio ambiental e económico), mas que só baixarão de preço significativamente se massificadas.
    Entretanto os pioneiros vão pagando mais por serem "pioneiros". Os outros, se querem beneficiar dessa descriminação deviam ser levados a investir também. Descriminação positiva! ;)

    Batotinha

    Batotinha
    Batotinha
     
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06 fev 2015, 12:20

  • Sobre a questão de discriminar positivamente as 2 rodas, também é preciso ter algum cuidado. Se há coisa que eu me lembro do Lisboa Scooter Day, é que havia lá um punhado de scooters pestilentas em que mais valia um carro do que aquilo.
    rnlcarlov
     
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06 fev 2015, 14:24

  • rnlcarlov Escreveu:Sobre a questão de discriminar positivamente as 2 rodas, também é preciso ter algum cuidado. Se há coisa que eu me lembro do Lisboa Scooter Day, é que havia lá um punhado de scooters pestilentas em que mais valia um carro do que aquilo.


    É exatamente por isso que tenho reclamado.
    Assim como nas zonas de emissões reduzidas de Lisboa permitem qualquer tipo de mota e tuk tuk sem restrições de idade nem nivel de emissões, quando as motas 2T de mistura são verdadeiros vaporizadores de óleo.
    RJSC
     
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06 fev 2015, 14:56

  • Sim! Eu sei que os 2 tem razão. São péssimas.
    Mas pensem comigo...e digam se estou tão errado. :o

    Essas "aberrações" encaminham-se para a sucata à medida que o tempo passa. Entretanto, os "enlatados" crescem de número continuamente. Tiveram em 2014 um dos maiores crescimentos de sempre. E os VE? Quando será que se massificam? Provavelmente nunca :evil: ...se continuarmos assim até vão decrescer.
    Continuo a achar que é de todo imperioso fazer crescer os 2 rodas...(todos os tipos). E depois vamos trabalhar a qualidade/diferenciação...pensoeudeque!

    Batotinha

    PS: Faltou dizer:
    Em meu entender descriminação positiva não deve acontecer só por causa da poluição. Deve levar em conta o espaço público utilizado. As 2 rodas fazem-no melhor do que as 4 rodas portanto devem ser sempre descriminadas positivamente. E essas "maquinetas" a 2T estando ou não nos corredores BUS poluem o mesmo. Portanto quanto mais depressa desligarem o motor melhor.
    Já se a discussão for sobre a poluição inerente na via pública, os VE deveriam ser descriminados positivamente sempre.
    Se a minha opinião valesse alguma coisa, só não retirava da descriminação positiva veículos prioritários seja de segurança, de emergência e/ou assistência. O transporte de "políticos" estaria excluído igualmente se não usassem VE.
    Batotinha
     
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06 fev 2015, 16:57

  • As motorizadas e scooters muito poluentes, praticamente já não existem nas grandes cidades.
    As que aparecem nos eventos tipo Scooter parade e no U-scooter de Lisboa são puras máquinas de museu e que só aparecem nestas ocasiões.

    Eu já tinha escrito algures que não é boa publicidade para as duas rodas este tipo de eventos com máquinas antigas a poluir concentradamente no tempo e no espaço.

    Se este ano houver SCOOTER PARADE, vou condicionar a minha presença. Ou eu, com uma scooter eléctrica não poluente ou as fumarentas.
    Lembro bem dos gestos de desaprovação ao evento por parte do muito público ao longo dos passeios: EXCESSO DE POLUIÇÃO SONORA E ATMOSFÉRICA.

    Muita gente e muitos condutores foram limitados na sua liberdade de se passear pelas ruas do Porto com os seus automóveis no dia do evento, para deixar passar uma caravana de barulhentas e fumarentas máquinas do século passado.
    Nessa onda de fumo e ruído, não desejo entrar.
    afreitas
     
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10 fev 2015, 13:20

  • Os autocarros deviam estar na mira!
    Já são vezes de mais que vejo e levo com isto:
    Imagem

    Mais vale ter 50 pessoas com um carro a queimar combustível decentemente que autocarros destes!
    Transportes públicos destes mais vale não ter nenhuns!
    RJSC
     
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