MVS Escreveu:Jorge Rocha Escreveu:Hoje o que recomendo a quem quer levar as baterias de origem, é fazer os primeiros ciclos com descargas profundas, mas controlando a velocidade de forma a que o indicador de bateria não desça muito. Se isto é feito desde quando novas, que é quando estão mais aptas para estas descargas, a probabilidade de que uma das baterias desça a baixo dos valores mínimos, é quase nula, e assim se faz uma boa formatação ao pack.
É necessário ter algum cuidado com estas recomendações.
Factos comprovados pela ciência até ao momento:
1. As descargas superiores a 50% nas baterias seladas ácidas "Deep Cycle" não são recomendadas.
2. As baterias seladas ácidas (SLA) não desenvolvem qualquer efeito de memória durante a utilização.
Os defeitos de fabrico são algo frequentes neste tipo de produtos. Um importador como a Gingabike costuma fazer face a estas responsabilidades mediante testes adequados e substituição das unidades defeituosas por novas unidades ao abrigo da garantia.
As minhas recomendações são baseadas, não em livros, mas em experiências, só as segue quem quer.
Uma coisa estou certo, apenas recomendo por imaginar que assim há maior durabilidade. Estou cá muito mais por uma missão de sustentabilidade do que por uma de comerciante, e se me conhecerem sabem que sou assim em tudo o que faço.
Chegam-me todos os dias pessoas com métodos diferentes e utilização de seus veículos eléctricos com baterias de chumbo. Quem tem problemas mais precocemente, são os que levaram à risca a recomendação do vendedor, de carregar mesmo que faça apenas 2Km por dia. Os que andam quase toda a semana com a mesma carga, são os que têm mais sucesso.
Ainda na semana passada fiz teses em baterias de uma Varego, comprada em 2010, com as mesmas baterias originais, 4 de 12Ah, e ainda se retirou 8Ah de cada uma. O utilizador diz que uma carga dava para toda a semana, fazendo 4Km/dia para o trabalho.
Numa TWA (de 2015), com baterias originais, 5 de 20Ah, onde outro utilizador fazia 14Km diários e religiosamente colocava à carga, e em certo dia quis fazer duas vezes esse percurso, já quase não chegava a casa...
Testes por nós realizados, com descarga de 8A, controlada a 10,5V de tensão mínima, deram a baixo de 14Ah. Ao fim de mais dois ciclos completos (testes individuais com tensão controlada) já todas deram mais de 18Ah. Será que não viciam? (tenho dezenas de exemplos destes)
Em relação às baterias de Lítio, darem para o mesmo veiculo ter mais velocidade, pois certamente é possível, bastando apenas ter uma tensão nominal superior.
Chumbo: 5 baterias de 12V de tensão nominal (as originais de chumbo) ligadas em série, obtém-se 60V, sendo a tensão mínima de descarga de 10,5V/bateria ou o mesmo que 52V quando as 5 em série. No carregamento, para as mesmas baterias de chumbo, os 14,70V para a tensão de corte de carregamento, ou 73,5V quando as 5 em série.
Li-Ion: 18 células de 3,7V de tensão nominal (cilíndricas 18650) ligadas em série, obtém-se 66,6V, sendo a tensão mínima de descarga de 2,90V/por célula ou o mesmo que 52,2V quando as 18 em série. No carregamento, para as mesmas células de Li-Ion, os 4,10V para a tensão de corte no carregamento, ou 73,8V quando as 18 em série.
Portanto, com as baterias de lítio, com uma maior tensão nominal, teremos uma maior velocidade máxima.
No modelo ONE da Vortex, com baterias de lítio, a velocidade indicada no painel digital chega aos 55Km/h, bem diferente dos 44Km/h que habitualmente mostra com as baterias de chumbo.